Genilda Maria Soares Marques
Desafiar os limites para
diminuir as diferenças.
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla de 2013, de 21 a 28/08, traz como tema central “Desafiando os limites, diminuindo as diferenças” e nos impulsiona a refletir e nos empenhar mais no sentido de enfrentar as adversidades que as pessoas com deficiência e suas famílias lidam cotidianamente que dificultam a inclusão social e uma melhor qualidade de vida.
A Semana Nacional tem uma programação especial que objetiva sobretudo mobilizar a comunidade quanto aos grandes desafios que as APAEs e outras entidades semelhantes têm e também permitir que sejam apontados caminhos e soluções que possam pelo menos minimizar os fatores que impedem os avanços e uma efetiva inclusão dos deficientes.
Nestes 15 anos de atuação apaeana em Mutum e quase 60 anos em todo o Brasil foram possíveis grandes conquistas e muitos obstáculos foram vencidos no sentido de promover e garantir os direitos das pessoas com deficiência mas, ainda há muito que se fazer. Apesar das grandes e constantes dificuldades a APAE de Mutum consegue hoje promover uma atenção especial a mais de cem pessoas com constante assistência social, educação especial e atendimento médico trabalhando as primordiais necessidades dos deficientes e de seus familiares.
É fundamental que todos entendam a luta das APAEs, conheçam de perto o trabalho desempenhado pela Família apaeana e contribuam de alguma forma para que juntos possamos desafiar os nossos limites, diminuindo o preconceito, as diferenças e indiferenças e tudo que impeça que tenhamos uma sociedade mais igualitária.
Um dos principais pontos defendidos e articulados pela FENAPAES (Federação Nacional das APAEs) é a permanência das escolas especiais e também a inclusão nas escolas regulares de forma responsável. Uma grande mobilização nacional ocorreu no dia 14/08 em Brasília com mais de cinco mil participantes exigindo a manutenção do texto da Meta 4 no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado na Câmara dos Deputados.
A missão é APAExonante e de todos. Conheça melhor os trabalhos desempenhados pela equipe apaeana que acolhe e atende gratuitamente mais de cem famílias oferecendo serviços especializados em educação, saúde e assistência social e, sobretudo muito carinho e amor por uma melhor qualidade de vida para todos.
Karone Marllus – Voluntário Apaeano
karonemarllus@hotmail.com
Amiga(o)
apaeana(o), principiamos um ano com expectativas renovadas e muito promissoras.
Os novos cenários e as experiências vivenciadas juntam-se ao oportuno momento para
fazer um balanço do nosso trabalho
realizado e também para planejar e
traçar metas, institucionais e pessoais, sempre na perspectiva de inovar e
crescer na efetivação de nossa missão.
Essa
proposição é muito importante, mas
ao mesmo tempo é frágil. Devemos nos
precaver para que as resoluções tomadas não se percam na correria do dia a dia
ou sejam comprometidas por fatores alheios às reais demandas institucionais e
aos nossos valores pessoais.
Cada
meta deve ser desafiadora, viável, estimulante e mensurável. Nossos planos
devem se apoiar no tripé: ciclos
fechados, evolução dos direitos decisórios e harmonização cultural. Os
ciclos fechados demonstram nossa competência em iniciar e terminar planos e
projetos, ou seja, ter boa iniciativa e “acabativa” bem sucedida. Os direitos
decisórios revelam se a nossa capacidade de decidir ou influenciar nas decisões
à nossa volta está evoluindo. E a harmonia cultural representa a
compatibilidade entre nossos valores e os da entidade em que atuamos. Para cada
componente do tripé, podemos estabelecer um objetivo, materializar em ações,
revisando e retificando periodicamente.
Um
ditado conhecido diz que “na vida há
tempo de plantar e tempo de colher”. Mas depois da colheita é tempo de
fazer mais, adubando a terra, revolvê-la e prepará-la para que tudo comece
novamente de maneira produtiva e sadia. É fundamental saber quando é tempo de
recomeçar, preparar o terreno para novas e boas coisas. Quanta gente nós
conhecemos que reclamam o tempo todo e de tudo. Alguns reclamam até e
principalmente daquilo que fazem parte e nada fazem para que a situação mude
ou, apesar de todas as reclamações e desventuras, não se mexem procurando outra
oportunidade ou alternativa. A vida é muito curta para ser vivida e, por isso,
em vez de reclamar e tentar denegrir e tornar-se um muro de lamentações humano,
é melhor ver ou, pelo menos, tentar enxergar a parcela de responsabilidade que
se tem na situação a ser modificada, para melhor. É essencial que todos façam a
sua parte, fazendo parte da solução.
E, se por acaso, ou se for o caso, tenhamos coragem pra sacudir a poeira e dar
a volta por cima. O profissional que reclama de tudo, que reclama o tempo todo
de sua empresa ou instituição e não toma algum tipo de atitude, nobre e
sensata, para que o cenário se transforme está denegrindo a si mesmo. As
pessoas que têm autoestima elevada jamais seguem vivendo uma situação que as
fazem infelizes.
No
mercado de trabalho, em qualquer segmento ou setor, um dos principais
questionamentos é um fator crucial para o sucesso em qualquer circunstância: o profissional adequado. Mas afinal, o
que é ser adequado? Ser adequado é ter, pelo menos, três qualidades: capacitação, motivação e integração.
Ser capacitado é possuir conhecimentos e as competências para fazer “bonito” no
desempenho da função, com estudo técnico, treinamento constante e experiência.
Ser motivado é estar verdadeiramente engajado e atuante. Motivação: ter motivos
para ação. É acreditar veementemente na missão institucional, estar em
consonância com os seus valores, contribuir para o clima e mostrar comprometimento.
Estar integrado é compreender bem a cultura da entidade, agir coerentemente e
estabelecer relações construtivas com os colegas, parceiros, atendidos, em
harmonia com as diversas áreas da organização. A responsabilidade é compartilhada. A entidade propõe, as leis
exigem, as circunstâncias determinam e todas as pessoas atuam da melhor forma
promovendo o bem comum. Sem capacitação não sabemos bem o que fazer. Sem
motivação é possível que não queiramos fazer. E sem integração, jamais
conseguiremos fazer.
Nossa
sublime missão só tem sentido se estivermos realmente APAExonados
primordialmente por Deus, criador de tudo, por nós mesmos e pelo nosso próximo. Tenhamos todos a paixão e o amor pela
vida que nos permite perceber a hora certa de plantar, colher e continuar no caminho
correto, motivados e integrados, focando-nos nas soluções e no que é mais
relevante para o nosso Movimento
APAEano: a promoção de um mundo melhor para todos, especialmente para os nossos queridos irmãos deficientes. Que Deus nos abençoe sempre !
Karone Marllus – Voluntário Apaeano
Estamos aqui buscando a igualdade.
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla este ano aborda uma temática importante, típica dos dias de hoje, quando etapas foram superadas daquela antiga visão de pessoas com deficiência intelectual como seres doentios.
As últimas décadas, jovens e adultos com deficiência intelectual vêm marcando presença atuante cada vez mais na sociedade em busca de seus direitos de cidadania que durante tantos séculos lhes têm sido negados.
O MOVIMENTO APAEANO teve participação muito grande na evolução que se nota das grandes questões de interesse de pessoas com deficiência intelectual e suas famílias, pois desde as primeiras APAES fundadas no Brasil e logo no começo do movimento a fundação da Federação Nacional das APAES, em São Paulo, em 1962, houve um florescimento de nossas organizações.
Os anos foram passando, não só no Brasil, no mundo, e contribuiu muito para uma mudança total de valores o enorme progresso das comunicações entre pessoas, sociedades e povos.
Hoje, fala-se muito e com toda a razão da igualdade de oportunidades, de direitos, direito a uma vida independente e digna na comunidade.
Foi muito importante que as próprias pessoas com deficiência intelectual se unissem em alguns países, inicialmente, hoje em quase todo o planeta, em grupos chamados de autodefensores.
A Missão é APAExonante e de todos. É imprescindível ouvir a voz dos autodefensores e de suas famílias. Eles estão por aí, ansiosos por participar da sociedade a que legitimamente pertencem. Daí o tema central da Semana Nacional: EM BUSCA DE IGUALDADE. ESTAMOS AQUI!
Karone Marllus – Voluntário Apaeano
Não ser indiferente
faz a diferença.
Os apaeanos de todo o país comemoraram recentemente o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência e a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla que este ano enfatizaram a importância da quebra da cultura da indiferença na sociedade, sugerindo que temos que ter coragem de ser diferentes e ativos na busca por soluções sociais. Para isso, é necessário algo que muitos consideram difícil e até impossível: a empatia, que o Aurélio define como “tendência para sentir o que sentiria caso estivesse na situação experimentada por outra pessoa”.
A indiferença contrasta muito com a empatia, pois, o ser indiferente sempre tem uma atitude medíocre e covarde, às vezes agindo, outras se omitindo. Quando acompanhada por preconceitos e pelo egoísmo, a indiferença se potencializa e pode causar grandes injustiças e, no mínimo, retardar avanços e conquistas importantes.
Os princípios constitucionais e morais são a base para a formulação dos conceitos dos diversos movimentos sociais. A APAE e outras entidades de luta pelos direitos das pessoas com deficiência têm sido militantes na garantia desses princípios tendo significativas conquistas como: autonomia e participação na sociedade, educação especial, atendimento clínico, acessibilidade física, criação de espaços para debates, dentre outros avanços sociais.
Sabemos que a missão de manter e ampliar essas conquistas não é simples. Mas, sabemos também que a grande maioria dos impedimentos existe pela falta de boa vontade, bom senso, da nobre empatia, que Jesus muito bem definiu em seu mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mc 12,31).
Agora, temos que buscar e instituir novos mecanismos que sejam mais duradouros e tenham maior efetividade na promoção dos direitos dos deficientes, de apoio ao seu grupo familiar e geração de condições igualitárias e mais justas para todos, sem distinção.
"A missão é APAExonante e DE TODOS”. Tenhamos sempre a coragem de ser diferentes, contribuindo para quebrar a terrível cultura da indiferença. Essa atitude pode fazer a diferença.
Karone Marllus – Voluntário Apaeano