Nesta 18ª sessão, a Fenapaes participou como organização habilitada, ampliando a sua atuação internacional na defesa, garantia e promoção de direitos das pessoas com deficiência intelectual, múltipla e autismo. A presença da entidade está alinhada ao pedido de status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), que é um passo estratégico, pois aumenta as possibilidades de participação em espaços decisivos de elaboração e monitoramento de políticas globais.
“A presença da Federação Nacional das Apaes na COSP18 simboliza um momento histórico de fortalecimento da nossa incidência internacional e de reafirmação do nosso comprometimento com o protagonismo das pessoas com deficiência e suas famílias e a luta contra o preconceito e a discriminação. Nós estaremos presentes levando a voz das nossas lideranças, compartilhando experiências e apresentando iniciativas que promovem a inclusão, o apoio à autonomia, o acesso a oportunidades e o cuidado em rede”, afirma o presidente Jarbas Feldner de Barros.
A comitiva apaeana foi composta pelo vice-presidente Léo Loureiro, que representará o prof. Jarbas Feldner, que não poderá estar presente por questões de agenda; por Vanderson Gaburo, 1º diretor-secretário da Fenapaes e diretor Social da Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES); por Erivaldo Fernandes Neto, diretor-geral da Faculdade Apae Brasil – Dr. Eduardo Barbosa e gerente de Mobilização de Parcerias da Fenapaes; por Wagner Saltorato, analista de pesquisa da Fenapaes; e pela supervisora técnica Fabiana Lisboa, neuropsicóloga, mestra em educação e especialista em transtorno do espectro autista (TEA).
Programação
O evento, que teve o formato de “Assembleia Popular”, visou amplificar as vozes das pessoas com deficiência e fortalecer o engajamento da sociedade civil. Na oportunidade, a Fenapaes participou das quatro sessões substantivas, que focaram tópicos específicos pré-determinados, refletindo os temas da COSP18. O fórum também incluiu uma sessão sobre a situação financeira global e como está impactando os esforços de advocacy de organizações de pessoas com deficiência.
Alicerçada sob o tema “Aumentar a conscientização pública sobre os direitos e as contribuições das pessoas com deficiência para o desenvolvimento social, em preparação para a Segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social”, a COSP18 também teve três subtemas, sendo mesas-redondas de discussões. São elas: “Empoderando pessoas com deficiência e aprimorando políticas de desenvolvimento social por meio de financiamento inovador”; “Não deixar ninguém para trás: usando a IA como ferramenta de apoio à inclusão para fortalecer a participação de pessoas com deficiência”; e “Reconhecendo e abordando os direitos das pessoas indígenas com deficiência e seu papel no avanço da inclusão da deficiência”.
A Fenapaes marcou ainda presença nos eventos paralelos, momento em que houve discussões relevantes e exposição de iniciativas inovadoras relacionadas a temas e subtemas abrangentes. Um deles foi promovido pelo Ministério do Esporte (MEsp), que, com a Fenapaes, apresentou o programa TEAtivo como exemplo de política pública inovadora voltada à inclusão por meio do esporte. Intitulado “O desenvolvimento do paradesporto como meio de inclusão social: formas inovadoras de financiamento”, o evento está vinculado ao tema abrangente (desenvolvimento social) e ao subtema 1 da conferência.
O TEAtivo é um programa da Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR), do Ministério do Esporte, executado pela Apae Brasil, por meio da Faculdade Apae Brasil – Dr. Eduardo Barbosa, e voltado para o atendimento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), sendo de 6 a 18 anos de idade. O projeto tem a finalidade de democratizar o acesso a práticas esportivas, de atividade física e de lazer e ao convívio social, como instrumento de desenvolvimento global e inclusão social, contribuindo, assim, para a efetivação dos direitos e da construção da cidadania das pessoas com autismo.
Atualmente, o projeto está em andamento nas nove capitais da Região Nordeste e no município de Imperatriz (MA), tendo as Apaes como núcleos, beneficiando mais de 2 mil pessoas com TEA e suas famílias. Até o fim do ano, o programa será implementado nas demais capitais do país, no intuito de proporcionar o desenvolvimento integral, a obtenção de uma vida com qualidade, a autonomia, a independência e o protagonismo das pessoas com autismo.
Fonte: APAE Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário